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BELO MONTE
As verdade por trás da construção



Não é mistério para ninguém que se mantêm informado sobre Belo Monte, contra ou a favor, que a construção da usina veio a ser uma chance do governo para desvio de verba e superfaturamento de uma obra, tendo como desculpa a necessidade energética. Uma estimativa futura de um gasto total de 42 bilhões na construção da usina é uma bela noticia para todos os políticos e empresas que estão envolvidas na obra. Além de nos deixar curiosos as diversas farsas e acontecimentos a cerca do projeto, como o misterioso afastamento de cargo do ex presidente do IBAMA ( o qual não liberava o projeto da construção ) Abelardo Bayma Azevedo, e aprovação do projeto 13 dias depois de sua demissão, ou o EIA e RIMA feito de forma banal e mal acabada pela Eletrobrás.

Quanto, à necessidade energética do país é fato que, um país que aumenta sua população em cerca de dois milhões ao ano cedo ou tarde necessitará de um aumento na produção de energia então, o que fazer? Segundo o Atlas de energia da Aneel desde 2002 o Brasil tem um acréscimo de 5% no consumo de energia anual. A usina de Belo Monte possui uma capacidade total de produzir 11.300 MW de potência, desconsiderando as épocas do ano em que a usina não produzirá sua capacidade total, vamos às estatísticas: Segundo Célio Bermann, professor da USP e ex assessor de Dilma Roussef há a possibiliade de repotencialização das 157 usinas hidrelétricas já existentes no Brasil. Segundo Célio, se houvesse manutenção e
reposição de peças gastas nas usinas poderia haver um acréscimo de 8.000 MW, uma diferença de apenas 3.000 MW de potência em comparação à nova usina. Além disso se ocorresse a manutenção na transmissão da energia, adequando-se ao padrão internacional, de 15% para 6%, haveria um ganho energético de 6.000MW, totalizando um número maior do que a hidrelétrica Belo Monte poderia produzir em seu melhor estado.
E quanto à identidade indígena? À cultura e os costumes indígenas? O que será de um povo sem terra, ou seja, sem meio de produção agrícola? Como se deverá a substância de uma população sem cultura, sem terra e sem meios de se manter? O governo diz criar casas, meios de existência mais adequados e saneamento básico para um povo (indígenas e ribeirinhos) que não terá capital, logo, meios para se manter (já que não possuirão terras para a produção agrícola)
Há também a questão que para todos que, mesmo que saibam pouco e sejam contra a construção, já é comum e evidente. A destruição ambiental. Estima-se que pelo menos 2 espécies de peixes serão extintas de forma completa.
Finalizando o aspecto da obra é isso o que temos: Um projeto caro demais, para um problema que pode ser resolvido de outra forma com menos gastos e dinheiro que vai para outro lugar .